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segunda-feira, 4 de junho de 2012

Dislexia. Como identificar e ajudar o aluno disléxico

A I XE LSID              -              DISLEXIA
Segundo a Associação Nacional de Dislexia, 2005; Lanhez, 2002, a palavra dislexia é derivada do grego "dis" (dificuldade) e "lexia" (linguagem), sendo definida como uma falta de habilidade na linguagem que se reflete na leitura. Entretanto, ela não é causada por uma baixa de inteligência.
Portanto, a dislexia não é uma doença, é um funcionamento peculiar do cérebro para o processamento da linguagem.  Pesquisas atuais, obtidas através de exames por imagens do cérebro, sugerem que os disléxicos processam as informações de um modo diferente, tornando-as pessoas únicas; cada uma com suas características, habilidades e inabilidades próprias.
Embora alguns sintomas já estejam presentes em fases anteriores, a dislexia torna-se evidente na época da alfabetização.
Embora os disléxicos tenham grandes dificuldades para aprender a ler, escrever e soletrar, suas dificuldades não implicam em falta de sucesso no futuro, haja vista o grande número de pessoas disléxicas que obtiveram sucesso.  Alguns pesquisadores acreditam que pessoas disléxicas têm até uma maior probabilidade de serem bem sucedidas; acredita-se que a batalha inicial de disléxicos para aprender de maneira convencional estimula sua criatividade e desenvolve uma habilidade para lidar melhor com problemas e com o stress (Gorman, 2003).     
A dislexia é uma das causas mais freqüentes do baixo rendimento e insucesso escolar.


A definição mais utilizada, segundo a ABD é a de 1994 da International Dyslexia Association (IDA): “Dislexia é um dos muitos distúrbios de aprendizagem. É um distúrbio específico de origem constitucional caracterizado por uma dificuldade na decodificação de palavras simples que, como regra, mostra uma insuficiência no processamento fonológico. Essas dificuldades não são esperadas com relação à idade e a outras dificuldades acadêmicas cognitivas; não são um resultado de distúrbios de desenvolvimento geral nem sensorial. A dislexia se manifesta por várias dificuldades em diferentes formas de linguagem freqüentemente incluindo, além das dificuldades com leitura, uma dificuldade de escrita e soletração.”
Dentro do quadro da dislexia devemos estar atentos ao histórico familiar para parentes próximos que apresentem a mesma deficiência de linguagem. Também a aspectos pré, peri e pós-natal se o parto foi difícil, se pode ter ocorrido algum problema de anoxia (asfixia relativa), prematuridade do feto (peso abaixo do normal), ou hipermaturidade (nascimento passou da data prevista para o parto). Se a criança adquiriu alguma doença infecto-contagiosa, que tenha produzido convulsões ou perda de consciência, se ocorreu algum atraso na aquisição da linguagem ou perturbações na articulação da mesma, se houve um atraso para andar, e algum problema de dominância lateral (uso retardado da mão esquerda ou direita), entre outros.
Dentro da etiologia da dislexia sempre deverão ser considerados dois aspectos, que podem estar isolados ou relacionados, como também serem complementares: causas genéticas e causas adquiridas. A etiologia pode ser dividida em: genética, adquirida e multifatorial ou mista.
Alguns autores classificam a dislexia tendo como base testes diagnósticos, fonoaudiológico, pedagógicos e psicológicos.

Conforme Lanhez (2002), a dislexia pode ser classificada em:
1. Dislexia disfonética;
2. Dislexia diseidética;
3. Dislexia visual;
4. Dislexia auditiva;
5. Dislexia mista.
Para Moojen apud Rotta (2006), é possível classificar a dislexia em três tipos:Dislexia fonológica (sublexical ou disfonética); Dislexia lexical (de superfície); Dislexia Mista.
Entre as conseqüências da dislexia encontramos a repetência e evasão, pois se o problema não é detectado e acompanhado, a criança não aprende a ler e escrever. Acontece também o desestímulo, a solidão, a vergonha, e implicações em seu autoconceito e rebaixamento de sua auto-estima, porque o aluno perde o interesse em aprender, acha-se incapaz e desprovido de recursos intelectuais necessários para tal. Pode apresentar uma conduta inadequada com o grupo, gerando problemas de comportamento, como agressividade e até envolvimento com drogas.
Muitas vezes nem percebemos, mas o aluno pode apresentar dificuldades na alfabetização por conta de uma série de inabilidades a que convém ressaltar:
Disgrafia: atraso no desenvolvimento da linguagem Escrita, especialmente da escrita cursiva. Escrever com máquina datilográfica ou com o computador pode ser muito mais fácil para o disléxico. Na escrita manual, as letras podem ser mal grafadas, borradas ou incompletas, com tendência à escrita em letra de forma. Os erros ortográficos, inversões de letras, sílabas e números e a falta ou troca de letras números ficam caracterizados com muita frequência.
Discalculia: as dificuldades com a linguagem matemática são muito variadas em seus diferentes níveis e complexas em sua origem. Podem evidenciar-se já no aprendizado aritmético básico como, mais tarde, na elaboração dos pensamentos matemáticos mais avançados. Embora essas dificuldades possam manifestar-se sem nenhuma inabilidade em leitura, há outras que são decorrentes do processamento lógico-matemático da linguagem lida ou ouvida. Também existem dificuldades advindas da imprecisa percepção de tempo e espaço, como na apreensão e no processamento de fatos matemáticos, em sua devida ordem.
Deficiência de Atenção: é a dificuldade de concentrar e de manter concentrada a atenção em objeto central, para discriminar, compreender e assimilar o foco central de um estímulo. Esse estado de concentração é fundamental para que, através do discernimento e da elaboração do ensino, possa completar-se a fixação do aprendizado. A Deficiência de Atenção pode manifestar-se isoladamente ou associada a uma Linguagem Corporal que caracteriza a Hiperatividade ou, opostamente, a Hipoatividade.
Hiperatividades: refere-se à atividade psicomotora excessiva, com padrões diferenciais de sintomas: o jovem ou a crianças hiperativas com comportamento impulsivo. É aquela que fala sem parar e nunca espera por nada; não consegue esperar sua vez, interrompendo e atropelando tudo e todos, porque age sem pensar e sem medir conseqüências, está sempre envolvida em pequenos acidentes com escoriações, hematoma, cortes. Um segundo tipo de hiperatividade tem como característica mais pronunciada, sintomas de dificuldades de foco de atenção. É uma super estimulação nervosa que leva essa criança a passar de um estímulo a outro, não conseguindo foiçar a atenção em um único tópico. Assim, dá a falsa impressão de que é desligado, mas, ao contrário,m é por estar ligada em tudo, ao mesmo tempo, que não consegue concentrar-se em um único estímulo, ignorando outros.
Hipoatividade: caracteriza-se por um nível baixo de atividades psicomotor, com reação lenta a qualquer estímulo. Trata-se daquela criança chamada “boazinha”, que parece estar, sempre, no “mundo da lua”, “sonhando acordada”. Comumente o hipoativo tem memória pobre e comportamento vago, pouca interação social e quase não se envolve com seus colegas.
 Lima (2002) coloca que é função da escola ampliar a experiência humana, portanto a escola não pode ser limitada ao que é significativo para o aluno, mas criar situações de ensino que ampliem a experiência, aumentando os campos de significação.
Um conhecimento significativo é aquele que se transforma em instrumento cognitivo do aluno, ampliando tanto o conteúdo quanto a forma do seu pensamento. Essa concepção nos aproxima das contribuições teóricas culturais.
Do ponto de vista do desenvolvimento e da construção de significados, só pode ser significativo para a pessoa aquilo do qual ela possui um mínimo de experiências e de informação.
Por isso, o disléxico precisa olhar e ouvir atentamente, observar os movimentos da mão quando escrever e prestar atenção aos movimentos da boca quando fala. Desta maneira, a criança disléxica associará a forma escrita de uma letra tanto com seu som como com os movimentos, pois falar, ouvir, ler e escrever, são atividades da linguagem.
Fonseca (1995) retrata muito bem isso quando diz que uma coisa é a criança que não quer aprender a ler, outra é a criança que não pode aprender a ler com os métodos pedagógicos tradicionais.
Para auxiliar o aluno disléxico em suas dificuldades, a escola deve dar encorajamento, atender e respeitar as capacidades e os limites da criança, estar informada, para amparar a criança em sua dificuldade, manter o professor da classe familiarizado e sensibilizado com a dislexia, para compreender e apoiar a criança, na sala de aula, reconhecer a necessidade de ajuda extra e desenvolver um clima de paciência, para que as crianças possam ter tempo suficiente para cumprir suas tarefas e, até mesmo, repeti-las
Pain (1981, citado por Rubinstein, 1996) considera a dificuldade para aprender como um sintoma, que cumpre uma função positiva tão integrativa como o aprender, e que pode ser determinado por:
1. Fatores orgânicos: relacionados com aspectos do funcionamento anatômico, como o funcionamento dos órgãos dos sentidos e do sistema nervoso central;
2. Fatores específicos: relacionados à dificuldades específicas do indivíduo, os quais não são passíveis de constatação orgânica, mas que se manifestam na área da linguagem ou na organização espacial e temporal, dentre outros;
3. Fatores psicógenos: é necessário que se faça a distinção entre dificuldades de aprendizagem decorrentes de um sintoma ou de uma inibição. Quando relacionado ao um sintoma, o não aprender possui um significado inconsciente; quando relacionado a uma inibição, trata-se de uma retração intelectual do ego, ocorrendo uma diminuição das funções cognitivas que acaba por acarretar os problemas para aprender;
4. Fatores ambientais: relacionados às condições objetivas ambientais que podem favorecer ou não a aprendizagem do indivíduo.
Fernández (1991) também considera as dificuldades de aprendizagem como sintomas ou “fraturas” no processo de aprendizagem, onde necessariamente estão em jogo quatro níveis: o organismo, o corpo, a inteligência e o desejo. Para a autora, a origem das dificuldades ou problemas de aprendizagem não se relaciona apenas à estrutura individual da criança, mas também à estrutura familiar a que a criança está vinculada. As dificuldades de aprendizagem estariam relacionadas às seguintes causas:
1. Causas externas à estrutura familiar e individual: originariam o problema de aprendizagem reativo, o qual afeta o aprender, mas não aprisiona a inteligência e, geralmente, surge do confronto entre o aluno e a instituição;
2. Causas internas à estrutura familiar e individual: originariam o problema considerado como sintoma e inibição, afetando a dinâmica de articulações necessárias entre organismo, corpo, inteligência e desejo, causando o desejo inconsciente de não conhecer e, portanto, de não aprender;
3. Modalidades de pensamento derivadas de uma estrutura psicótica, as quais ocorrem em menor número de casos;
4. Fatores de deficiência orgânica: em casos mais raros.
O papel do professor é muito importante, principalmente na fase da alfabetização. Ter o instinto de perceber algo errado com determinado aluno é essencial para evitar traumas futuros. Porém o que muitas vezes acontece é a falta de conhecimento sobre a dislexia que pode trazer avaliações distorcidas.
     Coll (1995) propõem que os professores encontram-se normalmente, diante de um grupo de alunos com diferentes níveis, na área da comunicativo-linguística. Crianças que diferem quanto aos usos que fazem da linguagem, em função da procedência geográfica, social e cultural.
 Os professores precisam estar atentos para esta realidade, e para as particularidades de seu grupo.
 O papel do professor é dirigir um olhar flexível para cada aluno que tenha dificuldade, é compreender a natureza dessas dificuldades, buscar um diagnóstico especializado, uma orientação para melhorar o dia-a-dia da criança, e se instrumentalizar, pois há muitos professores que lecionam e não sabem o que é dislexia.
A primeira tarefa do professor é resgatar a autoconfiança do aluno. Descobrir suas habilidades para que possa acreditar em si mesmo ao se destacar em outras áreas.
O professor primário deve ele próprio construir os seus instrumentos de diagnóstico pedagógico (diagnóstico informal) a fim de conduzir a sua atividade mais coerentemente. É do maior interesse o uso de instrumentos que permitam detectar precocemente qualquer dificuldade de aprendizagem, pois só assim uma intervenção psicopedagógica pode ser considerada socialmente útil, pois quanto mais tarde for identificada a dificuldade, menos hipóteses haverá para solucionar corretamente.  (FONSECA, 1995)
O professor que deseja ajudar seus alunos sabe que é necessário encaminhá-lo para tratamento e colaborar nesse tratamento. Mas ele sabe também, que o atendimento gratuito é sujeito a grande espera e que o nível econômico da maioria dos escolares, não permite tratamento particular. Só através de um trabalho paciente e constante, poderá prestar a ajuda, que a criança tanto necessita.
É importante que o professor explique à criança o seu problema, sente ao lado dela, não a pressione com o tempo, não estabeleça competições com os outros, que seja flexível quanto ao conteúdo das lições, que faça  críticas construtivas, estimule o aluno a escrever em linhas alternadas (o que permite a leitura da caligrafia imprecisa), certifique-se de que a tarefa de casa foi entendida pela criança, peça aos pais que releiam com ela as instruções, evite anotar todos os erros na correção (dando mais importância ao conteúdo), não corrija com lápis vermelho (isso fere a suscetibilidade da criança com problemas de aprendizagem), e procure descobrir os interesses e leituras que prendam a atenção da criança.
É de grande importância ressaltar, que a manutenção de turmas pequenas, com no máximo 20 alunos, ou menos, é de extrema relevância, para que o professor tenha oportunidade de observar de maneira adequada a todos os educando, como também dispor de tempo para auxiliá-los.
Os pais precisam ficar atentos a frustrações, tensões, ansiedades, baixo desempenho e desenvolvimento apresentado pelos filhos. Cabe a eles a responsabilidade de ajudar a criança a ter resultados melhores, e deve partir deles, a procura de profissionais para realizar um diagnóstico multidisciplinar a cerca das dificuldades da criança, porque quanto mais cedo for realizado o diagnóstico e intervenção melhor, maiores são as oportunidades de sucesso.
O encorajamento, a ajuda, a compreensão e a paciência (pois o disléxico leva mais tempo para realizar algumas tarefas, e poderá ter de repeti-las várias vezes para retê-las), fazem parte do papel dos pais, assim como ir a busca de uma instituição educacional que atenda da melhor maneira às necessidades da criança (por exemplo, estudar o currículo da escola e seu método de ensino). E ter uma relação de troca, fazendo um intercâmbio entre os acontecimentos em casa, na escola e com os profissionais envolvidos.
O disléxico apresenta apesar  de suas dificuldades muitas habilidades e talentos, como a facilidade para construir, ou consertar as coisas quebradas, ser um ótimo amigo, ter idéias criativas, achar soluções originais para os problemas, desenhar e/ou pintar muito bem, ter ótimo desempenho nos esportes e na música, demonstrar grande afinidade com a matemática, revelar-se bom contador de histórias, sobressair-se como ator ou dançarino e lembrar-se de detalhes.
É importante que os pais focalizem sempre o que seu filho faz de melhor, encorajando-o a fazê-lo. Faça elogios, por ele tentar fazer algo que considera difícil e não o deixando desistir. Ressalte sempre as respostas corretas e não as erradas, valorizando seus acertos. É importante, a criança notar que as pessoas a sua volta estão auxiliando-a, isso a deixas mais segura. Os pais podem auxiliar seu filho disléxico, programando o seu dia, através do horário do sono, incentivando a comunicação (falar e escutar são importantes), conversando bastante com a criança, expressando sentimentos, demonstrando interesse, tendo vocabulário e fala fluente e estimulando suas habilidades.
Para o disléxico organizar-se, é necessário dividir o tempo, para fazer as lições de casa, dividir trabalhos longos em partes menores, ter um lugar específico para fazer as lições e atividades, usar agenda, calendário visíveis e fazer planejamento diário para suas tarefas.
Neste sentido, é fundamental identificar o problema e dar instrumentos para a criança, apesar da dificuldade, levar vida normal do ponto de vista acadêmico, familiar e afetivo.
Ao se deparar com algum problema de aprendizagem, faz-se necessário uma observação mais atenta para lidar com tal situação. Nesse sentido, muitos sinais são importantes para detectar a dislexia na alfabetização.
Para Lanhez (2002) estes são sinais importantes de dislexia na idade escolar:
•Lentidão na aprendizagem dos mecanismos da leitura e escrita;
•Trocas ortográficas ocorrem, mas dependem do tipo de  dislexia;
•Problema para reconhecer rimas e alterações (fonemas repetidos em uma frase);
•Desatenção e dispersão;
•Desempenho escolar abaixo da média, em matérias específicas, que dependem da linguagem escrita;
•Melhores resultados, nas avaliações orais, do que nas escritas;
•Dificuldade de coordenação motora fina (para escrever, desenhar e pintar) e grossa (é descoordenada);
•Dificuldade de copiar as lições do quadro, ou de um livro;
•Problema de lateralidade (confusão entre esquerda e direita, ginástica);
•Dificuldade de expressão: vocabulário pobre, frases curtas, estrutura simples, sentenças vagas;
•Dificuldade em manusear mapas e dicionários;
•Esquecimento de palavras;
•Problema de conduta: retração, timidez, excessiva e depressão;
•Desinteresse ou negação da necessidade de ler;
•Leitura demorada, silabadas e com erros. Esquecimento de tudo o que lê;
•Salta linhas durante a leitura, acompanha a linha de leitura com o dedo;
•Dificuldade em matemática, desenho geométrico e em decorar seqüências;
•Desnível entre o que ouve e o que lê. Aproveita o que ouve, mas não o que lê;
•Demora demasiado tempo na realização dos trabalhos de casa;
•Não gosta de ir a escola;
•Apresenta “picos de aprendizagem”, nuns dias parece assimilar e compreender os conteúdos e noutro, parece ter esquecido o que tinha aprendido anteriormente;
•Pode evidenciar capacidade acima da média em áreas como: desenho, pintura, música, teatro, esporte, etc.
O estudo da dislexia, em sala de aula, tem como ponto de partida a compreensão, das quatro habilidades fundamentais da linguagem verbal: a leitura, a escrita, a fala e a escuta. Destas, a leitura é a habilidade lingüística mais difícil e complexa, e a mais diretamente relacionada com a dificuldade específica de acesso ao código escrito denominada “dislexia”. (PINTO, 2003)
No caso da criança em idade escolar, a psicolingüística define a dislexia como um déficit inesperado na aprendizagem da leitura (dislexia), da escrita (disgrafia) e da ortografia (disortografia) na idade em que essas habilidades já deveriam ter sido automatizadas. É o que se denomina “dislexia de desenvolvimento”.
Para ensinar crianças com distúrbios de aprendizagem, é preciso conhecer os processos educacionais. Daí resulta a importância da pré-escola, que é a época propícia para desenvolver a capacidade cognitiva da criança normal ou mesmo disléxica, através de métodos ativos e baseados na psicologia, de Jean Piaget. É preciso então atender aos estágios de desenvolvimento mental da criança, sem pressa de alfabetizar, antes que ela esteja madura neurologicamente.
Os fatores motivacionais são muito importantes no  desenvolvimento da capacidade leitora dado que a melhoria desta competência está altamente relacionada com o querer, com a vontade de persistir, pese embora, as dificuldades sentidas e a não obtenção de resultados imediatos.

Para montar estratégias, para que o aluno disléxico alcance um melhor percurso e êxito em sua vida escolar, é necessário saber em qual ponto esse estudante está na aprendizagem. Não adianta fazer da descoberta, uma desculpa para uma possível falha comportamental. É preciso considerar os fatores extrínsecos e os intrínsecos que colaborem para uma intervenção no que diz respeito ao tema abordado nesta pesquisa.
Uma aprendizagem saudável pode até ir, além dos limites, de uma forma agradável, continuada, com rotina e disciplina A dislexia não se refere somente à dificuldade de leitura, a escrita e a soletração também é afetadas.
Uma pessoa, com dislexia pode apresentar problemas emocionais, devido à falta de tratamento psicológico diante do acontecimento. Para evitarmos um prejuízo acadêmico e frustrações, é necessário um diagnóstico, e um acompanhamento por uma equipe interdisciplinar, envolvendo especialidades como neurologia, fonoaudiologia, psicologia, pedagogia ou psicopedagogia.  Além de considerar a percepção do professor que acompanha o processo de aprendizagem da criança.
 Os papéis da família e da escola são cruciais tanto na identificação precoce das dificuldades da criança quanto no tratamento.
 Precisamos antes de tudo, proporcionar a estas crianças e a seus educadores (pais e professores) a informação de que suas dificuldades tem uma nome, um porquê e uma solução.

Texto produzido por:
Clotilde da Glória Lopes Magalhães.
Proposta a ser trabalhada no grupo de estudos da sala do Educador 
 da Escola Est. Profª Eunice Souza dos Santos
( Unidocência)

3 comentários:

  1. Muito bom se puder envia mais artigos sobre a dislexia estou fazendo pós em a dislexia nos anos iniciais do ensino fundamental e como indêntifica-las envia sugestões de livros para o meu email.por favor não tenho livrosme empresta uns dois para terminar minha pós brigada

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  2. muito bom a materia envia mais para o meu email como indêntifica-las

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  3. Muito obrigada pelo artigo me ajudou muito agradeço do fundo do meu coração abraço.

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