Os alunos do 7º ano da Escola Eunice , durante a aula de Língua Portuguesa, fizeram a leitura do texto “ A descoberta da juventude” de Cristina Costa.
O texto mostra como a divisão da vida em fases se modifica ao longo do tempo.
Logo na introdução, a autora informa que no início do século XX não havia adolescência, pois as meninas largavam as bonecas para se casar e aos 18 anos já eram mães de vários filhos. Situação semelhante ocorria com os meninos, que deixavam muito cedo seus brinquedos, tendo de assumir responsabilidades e obrigações. Na sequência, a autora revela que as coisas mudaram a partir dos anos 60, quando os jovens proclamaram sua existência e independência.
Foi após a leitura desse texto e das discussões levantadas que a professora pediu aos alunos que realizassem uma entrevista com pessoas nascidas na primeira metade do século XX, para que elas relatassem algumas de suas experiências vividas na juventude.
Eis alguns depoimentos:
“ Do que mais sinto saudades eram os piqueniques que fazia com os amigos à beira do rio Arareau”.
“A convivência com meus pais era muito dura, porque eles eram conservadores.”
“ Como professora naquela época, tinha que andar a pé longas distâncias para dar aula,pois não tinha nenhuma condução.”Harolda Augustina de Jesus – 86 anos, entrevistada pela aluna Gabrielle Francisca- 7º C.
“ Meu relacionamento com meus professores era bom, nunca reprovei,nunca desrespeitei meus professores,mas quando algum aluno fazia bagunça, levava uma reguada na mão e fazíamos prova oral.”
“ Quando eu era jovem, não passava dificuldades,tive conforto, porém quando vim da Bahia para Mato Grosso tive que trabalhar para criar meus filhos e netos,fiquei viúva e sofri muito,mas hoje já superei tudo, aprendi muito com as pancadas da vida.”Cecília Ribeiro Porto – 80 anos, entrevistada pela aluna Geyciane Santos- 7º B.
“ Gostava dos cantores Lorenço e Lourival, Tonico e Tinoco,Caçula e Marinheiro”.
“ Passei por muitas dificuldades,entre elas a pobreza com que fui criada e criei meus filhos, de não poder estudar, só trabalhar e não poder descansar, dos meus filhos e eu só termos 2 pares de roupas para vestir.Mas Graças a Deus criei todos com dignidade e honestidade e tenho orgulho deles, dos meus netos e bisnetos.”
“ A juventude de hoje para mim tem muito pouco respeito com as pessoas mais velhas,com os pais.Os jovens não querem saber de fazer nada,nem estudar,e a coisa que eu mais tinha vontade naquela época era estudar.” Inês Garcia de Freitas- 66 anos - entrevistada pela aluna Rita Gabrieli Garcia Oliveira- 7º C.
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